segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Necessidade do Jejum


Diante da prática do jejum, costumamos nos questionar: é necessário o jejum para que se adquira a virtude da temperança? Sim, é, vez que ao cometermos o pecado da gula temos a cooperação do nosso corpo, portanto, nada mais natural que o nosso corpo participe do combate à gastrimargia. É necessário que o nosso corpo sofra um pouco. Não se pratica a gula e a luxúria sem a participação da carne, portanto exigem, além dos remédios espirituais, a prática da abstinência. (...) para quebrar os seus grilhões, (...) é imprescindível a mortificação corporal pelos jejuns, as vigílias e os trabalhos que levam à contrição.1 Dessa forma, se adquirimos esses vícios com a colaboração da nossa alma e do nosso corpo, é óbvio que eles (os vícios) só serão vencidos com a participação do nosso corpo e da nossa alma. Ainda somos muito imaturos no tocante à santidade, portanto não seríamos capazes de manter o equilíbrio da temperança sem o auxílio do jejum. Importante ressaltar que o jejum não nasce de corações ressentidos e que odeiam a vida.2 Nesse sentido, tanto a Igreja como os Santos sempre reconheceram a necessidade dos alimentos como sustento de nossas vidas. São Paulo já nos alertava em uma de suas cartas (1Tim 4,1-5), quando proclamou que nos últimos tempos alguns de nós renegaríamos a nossa fé. Na verdade, São Paulo chama nossa atenção para o fato de que negar a bondade dos alimentos, criaturas de Deus, é falta de fé na bondade do criador.3 Então, por causa da bondade que há nos alimentos, mister que temperemos ambos os deveres: o do jejum e da alimentação. E, é óbvio, sem descuidar - um minuto sequer - da saúde do nosso corpo e da nossa alma. Quando consumimos os alimentos com moderação, não comprometemos a pureza da castidade...
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Op.Cit. p. 65
Idem.
Bis in Idem. p. 66

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