quarta-feira, 7 de maio de 2014

Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria




Maria, a obra prima de Deus

Os santos disseram coisas admiráveis desta Santa Cidade de Deus. E, segundo o seu próprio testemunho, nunca foram tão eloquentes nem tão felizes como quando d´Ela falavam. E depois disto exclamam que a sublimidade dos Seus méritos, que chegam até o trono da Divindade, não se pode perceber; que a extensão de sua caridade, maior que a Terra, não se pode medir; que a grandeza do seu poder, que até sobre Deus se estende, não se pode compreender e, finalmente, que profundeza  da sua humildade e de todas as suas virtudes e graças é um abismo insondável. Ó sublimidade incomensurável! Ó abismo impenetrável!

Todos os dias,  de um extremo ao outro da Terra, no amais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo proclama e publica a admirável Virgem Maria. Os nove coros dos anjos, os homens de ambos os sexos, idades, condições ou religiões, os bons e os maus, e até os mesmos demônios, são forçados a chamá-la bem-aventurada. Quer queiram, quer não, a isso os obriga a força da verdade. Com diz São Boaventura, todos os anjos lhe cantam no Céu incessantemente:"Santa, Santa Maria, Mâe de Deus e Virgem!" E, todos os dias, lhe oferecem milhões de vezes a saudação angélica:"Ave, Maria...",  prostrando-se na sua presença e pedindo-lhe a mercê de os honrar com algumas das suas ordens. O próprio São Miguel - disse Santo Agostinho -, embora seja o príncipe de toda a corte celeste, é o mais diligente em lhe prestar toda espécie de homenagens e em fazer com que lhas tribute. Constantemente aguarda a honra de por Ela ser mandado em auxílio a alguns dos Seus servos.

(São Luis Maria de Grignion de Montfort)

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