segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Nas culminâncias da luta

Muitas vezes, vivemos normalmente dez longos anos, conquistando patrimônios espirituais, para viver apenas dez minutos fugazes de modo extraordinário e excepcional. Aprendemos, dia a dia, a pouco e pouco, anos seguidos, o desprendimento de bens transitórios para enfrentarmos a prova do desapego maior em momentos breves. Estamos sempre, face à face, com a banca examinadora do mundo, pois onde formos aí seremos convocados à confissão de nossa fé e conseqüente valor moral.O minuto que se esvai é a nossa oportunidade valiosa; o lugar onde estamos é o anfiteatro de nossas lições contínuas.

Por isso caminhar sem Jesus, nos domínios humanos, é sentir que a água não dessedenta, o alimento não sacia, a melodia não eleva, a página  não edifica, a flor não perfuma, a luz não aquece...Entretanto, amparados no Cristo, todos somos auto-suficientes, porquanto dispomos de apoio, esclarecimento e fortaleza em qualquer transe aflitivo com que a via nos surpreenda.

O alento que a certeza da fé raciocinada nos proporciona transcende todas as consolações efêmeras que possamos auferir de vantagens terrenas, de vez que nos faculta trabalhar sem fadiga, ajudar sem esforço, sofrer se m ressentimentos e rir engolindo pranto.

Desistamos de reivindicações, privilégios, prêmios ou honrarias de superfície, porquanto urge aspirarmos a medalha invisível do dever retamente cumprido que nos brilhe na consciência, à coroa da paz que nos cinja os pensamentos e à carta-branca do livre arbítrio que nos amplie o campo de ação no bem puro.

Regozija-te,pois, se a tua fé vive analisada na intimidade do lar, combatida na oficina de trabalho, fustigada no círculo de amigos, fiscalizada na ribalta social ou testada na enxêrga de sofrimento.

Somente conduzindo a nossa cruz  de renúncia às gloríolas do século, com a serenidade da abnegação e com o sorriso da paciência é que poderemos ser recompensados pelo triunfo sobre nós mesmos, nas rotas da Perfeita Alegria...
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In, Ideal Espírita

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