domingo, 19 de setembro de 2010

Somos Livres para Quebrá-lo



"Muitas pessoas estão incrustadas com uma série de hábitos, costumes, fazendo sobre eles mesmos julgamentos que as deixam infelizes. Sofrem porque querem e não buscam mudar.

Estas pessoas estão como mortas, no sentido que não podem quebrar as amarras de suas preocupações, aborrecimentos, costumes arraigados e permanecem frequentemente vítimas dos juízos que temos sobre eles. A partir daí, é bem evidente que sejam, por exemplo, covardes, indolentes ou maldosos.

Se começarem a ser indolentes ou covardes, nada vai mudar o fato de serem assim. É por isso que estão mortos; é uma maneira de dizer que um morto-vivo está cercado, completamente envolvido pela inquietação perpétua dos julgamentos e das ações que não querem mudar.

De sorte que, em verdade, como estamos vivos, quis demonstrar [...] a importância de modificar os atos por outros atos.

Qualquer que seja o círculo do inferno em que vivemos, penso que somos livres para quebrá-lo. E se as pessoas não o quebram, ainda assim permanecem livres e se colocam livremente no inferno."
( Jean-Paul Sartre )

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