sexta-feira, 28 de maio de 2010

Soneto da Fecilidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure quem sabe a morte
angustia de quem vive
quem sabe solidão fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
(Vinicíus de Moraes)
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partilhando minha felicidade com vc...

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