quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quantidade de Alimentos


ab escis adhuc in appetitu!*


Comer sem gula, levantar-se da mesa ainda com fome. Devedemos decidir a quantidade de alimentos a partir de critérios como: idade, quantidade de esforço físico, saúde, etc. São Paulo nos ensina: Dividia-se por todos segundo a necessidade de cada um.1 O trabalho manual, a vigília, a leitura das Escrituras, o arrependimento dos pecados e a meditação sobre a morte podem nos ajudar na cura da gastrimargia, além, claro, do jejum... Nesse sentido, São João Clímaco nos ensina:

Quando estivermos sentados em uma mesa repleta de iguarias, traze à tua mente a recordação da morte e do julgamento: assim, mesmo com dificuldade, conseguirás por um freio na paixão! E quando tomas de comer, não deixes de trazer à memória o vinagre e o fel do teu Senhor (cf. Mt 27,34-48), e assim certamente serás temperante, ou pelo menos começarás a chorar e tornarás o teu pensamento mais humilde. 2

Quando procuramos a cura da gastrimargia, devemos ter em mente que a gula não nos abandonará completamente. Se admitimos que o apetite é uma criação de Deus (e é), a tentação sempre encontrará apoio na nossa natureza.... O vício da gula é difícil de desarraigar, todavia podemos frear o nosso apetite desenfreado com a prática do jejum. É difícil? Muito difícil! Mas, as vantagens que trazemos para a nossa vida espiritual, compensa o sacrifício.
Então, vamos praticar a Temperança?
_____
* sair da refeição ainda com apetite
1. Apud. Azevedo Jr., Paulo Ricardo. Um olhar que cura: terapia das doenças espirituais. Ed. Canção Nova. 2008.p. 72.
2. Idem. p. 73.

Um comentário:

  1. Olá amiga:
    Neste mundo pleno de injustiças cuja genesis está no nosso egoísmo, há uma pequena parte do mundo a fazer jejum para compensar os seus excessos e há outra parte, maioritária, fazendo jejum porque a fome sempre foi a sua companhia e até o jejum é a sua fartura.
    Obrigado pela tua visita no meu blog, as quais me merecem a maior atenção (tal como o teu blog)é sempre um prazer trocar ideias contigo mesmo quando são diferentes em alguns pontos ( e porque não és uma pessoa mais ou menos mas movida pela emoçao) porque o respeito da diferença não só cultiva mas torna-nos tolerantes e mais nobres.
    Do amigo que respeita fervosamente as tuas convicções e crenças
    António Veiga

    PS: A música é linda, bom gosto

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