domingo, 20 de abril de 2014

Quem ama acredita



A Páscoa de Jesus, maior das festas cristãs, é "a alma de todas as celebrações", nas palavras de Santo Agostinho. Ela dá novo sentido à Páscoa do Antigo Testamento, que celebrava a passagem da escravidão do Egito à liberdade da Terra Prometida.  A Páscoa cristã é a realidade nova da ressurreição do Filho, que doa a vida e vence a morte, abrindo-nos a possibilidade de fazer a mesma passagem em direção à vida eterna. 

Não foi fácil para os primeiros discípulos assimilar a realidade da ressurreição, a vida nova de Jesus. As narrativas da ressurreição são como que etapas de um difícil processo. De fato, quando Maria Madalena vai ao túmulo ainda está escuro, amanhecendo. A escuridão representa a dificuldade de compreender a vitória de Jesus sobre a morte. Ao ver o túmulo vazio, Maria supõe que haviam roubado o corpo de Jesus.

(...) Jesus vencedor da morte, não deve ser buscado na sepultura. Ele está vivo, caminhando com as comunidades. Compreender e assumir hoje a ressurreição, portanto, exige que também nós façamos uma "passagem": do comodismo ao compromisso, do conformismo que aceita a injustiça à coragem de lutar pelo reino de Deus.

A celebração da Páscoa renove em nós um amor como o de Jesus, capaz de se doar, sofrer, perdoar, vencer a morte e ressurgir para a vida definitiva.

Na corrida da nossa fé, encontraremos sempre um sepulcro vazio, encontraremos tantos sofrimentos injustos, tantas mortes prematuras. O Ressuscitado, porém, nos deixará sempre os sinais de sua vitória, para seguirmos além, anunciando ao mundo que seu amor é maior que tudo e supera tudo.

(Pe. Paulo Bazaglia, ssp)

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