terça-feira, 6 de abril de 2010

"I know not what tomorrow will bring"

Dia cinzento, garoa fina, vento frio... saudade, muita saudade... e tristeza também... Fernando Pessoa retrata este meu momento
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DEVE CHAMAR TRISTEZA

Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.
Sim, tristeza - mas aquela
Que nasce de conhecer
Que ao longe está uma estrela
E ao perto está não a Ter.
Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho
De entre as mãos ricas de pó.

2 comentários:

  1. a tristeza é o momento que mais nos aprofundamos em nossos verdadeiros sentimentos...
    Beijo querida e otima semana!
    Marcia

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  2. Cara Amiga:
    A tua tristeza espreme-me o coração, porém as tuas palavras enobrecem-me a alma, independentemente da causa da tua tristeza um sol melhor virá e tornará claro que o brilho dos teus sentimentos mesmo que agora magoados saberão em plena nobreza dar e receber alegrias pois no passado ou no presente as tristezas são desafios ou provas para o nosso humanismo, porque só os fracos ficam egoístas e introspectivos e o sucesso os torna egocentristas, mas pessoas nobres como tu verão nas tristezas do passado ou do presente motivos para dar e receber alegrias e que pode começar numa coisa tão simples como um tocar de mãos, um olhar meigo ou um sorriso. E, afinal o teu lado de sonhadora libertará essa amarra e exorcisarás a alegria que possas dar ou receber tu consegues fazê-lo e estou certo que bem! Pois quem escreveu comigo um post como foi o do sonho está para lá de viver está simplesmente ao nível de quem vive para dar significado à sua e outras vidas. Postei uma vez um poema que especialmentete ofereço certa que mais cedo ou mais tarde encontar-te-ei melhor, e ao voltar conforme faço regularmente a este blog sinta que sorris, afinal és movida pela emoção, pela paixão...é apenas um desatino... Tu até és das pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção...Liberta essas emoções negativas e retoma o teu querer o teu poder. Relativamente ao poema abaixo É um poema que faz parte dum livro que um dia editarei (quando tiver dinheiro e coragem para o publicar) mas que já está no meu blog há uns tempos:
    Querer nem sempre é poder

    Sabes o que eu queria?!
    Era ir ao bar da esquina,
    pedir um copo de felicidade,
    uma sanduíche de Amor,
    um guardanapo de amizade.

    E depois...
    Sentar-me numa cadeira de carinho,
    a saborear um delicioso petisco,
    numa esplanada de sossego e paz,
    a olhar calmamente o firmamento
    que as estrelas e a lua ornamentam.

    Mas...
    Nada disso eu posso!
    Pois, a felicidade não se bebe,
    o Amor não se come,
    agora
    é dia... o céu está enevoado!
    E à esquina...
    Nem sequer existe um bar!
    Talvez porque nada daquilo que eu quero exista!

    António Veiga
    in Poemas Completos

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