quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A Fome e o Amor

Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandíbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!Amor!
E a satiríase sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta!
Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta,
Superexcitadíssimos. os dois
Representam. no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
e hoje sois!
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sou apaixonada por Augusto dos Anjos

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