sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Lógos é comum a todos ...Mas só os despertos o sabem....



É preciso que aqueles que falam utilizando a mente se apóiem no que é comum a todos como uma cidade em relação à lei, e ainda mais do que isso.
Todas as leis humanas, na verdade, alimentam-se de uma única lei divina: já que esta domina tudo o que deseja, basta para todas as coisa e ainda sobra.
Ninguém, entre todos aqueles cujos discursos ouvi, chegou a isto: reconhecer que a sabedoria é distinta de todas as coisas. (...) Os confins da alma nunca poderá encontrar, por mais que percorras os seus caminhos, tão profundo é o seu lógos. (...) Nada existe de estável e definitivo na natureza; tudo muda continuamente - daí podermos dizer que não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. (1)
Cada coisa é ou não é, ao mesmo tempo.
Todo o universo está submetido a um eterno fluir e a vida requer contradição, antagonismo, guerra. Nós mesmos somos e não somos, porque existir, viver, significa tornar-se, ou seja, mudar a própria condição atual por uma outra.
Cada coisa está submetida ao tempo e a transformações infinitas, não há nada no mundo verdadeiramente estático e mesmo o que parece parado ou constante é na realidade mutável, como a água do rio. (2)
Em resumo: o ser das coisas é o seu devir. (3)
(HERÁCLITO)
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1. O rio continua o mesmo, a despeito de suas águas continuamente mudarem
2. Eu mudei, eu mudo meu estado...
3. Mudança constante, a perenidade de algo ou alguém; desejo de tornar-se
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Lindo dia!

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